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Granjas Cistercienses

Granjas Cistercienses

O Mosteiro de Alcobaça tinha um grande território para explorar, que se estendia da Serra dos Candeeiros até ao oceano Atlântico. Para melhor explorar as suas propriedades, os abades do Mosteiro mandaram construir várias granjas, que tinham por função explorar uma parte dessas terras. Algumas dessas granjas eram grandes quintas que funcionavam de forma muito autónoma, dedicando-se às atividades agrícolas. É o caso da Quinta do Vimeiro e da Quinta de Vale de Ventos, esta última, junto à Serra de Candeeiros. Outras, tinham funções mais específicas, como acontecia com a Casa do Monge Lagareiro. Edificada nos finais do século XVIII, a Casa do Monge Lagareiro integrava-se numa quinta de produção de azeite. Nela foi edificado um grande lagar que incluía a casa dos moinhos, tulhas de azeite e estábulos.

No piso superior de uma casa quadrangular morava o monge lagareiro, que supervisionava a quinta e a produção. Este lagar era considerado dos mais avançados sistemas de moagem e armazenamento da época. Com a extinção das ordens religiosas a quinta ficou ao abandono, sendo vendida e dividida entre vários compradores depois de 1834.

 

Couto: propriedade da igreja, na Idade Média.

Granja: conjunto de construções que formavam as dependências de uma propriedade agrícola, onde se alojam os animais e as alfaias agrícolas, armazenavam as produções e transformavam-se alguns produtos agrícolas.

Curiosidade/desafio: Na Idade Média, os monges de Alcobaça introduziram a tecnologia dos moinhos e dos lagares, para transformar os cereais em farinha, as uvas em vinho e as azeitonas em azeite. As granjas tinham essa tecnologia e, com o tempo, outras pessoas foram construindo os seus próprios lagares. Ainda hoje, muitos desses lagares funcionam de forma tradicional. Tenta saber junto dos teus pais, avós e vizinhos, se tinham lagares e como funcionavam. Documenta a tua pesquisa com fotografias antigas, postais e relatos.