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Cutelaria

Cutelaria

Turquel, Benedita (Alcobaça) e Santa Catarina (Caldas da Rainha) disputam o título de berço da cutelaria na região Oeste. Sabe-se que no início do século XIX, Joaquim Polycarpo, filho de beneditenses, desenvolveu uma série de técnicas que se tornaram numa referência desta região.

A cutelaria é uma arte ancestral, passada de pais para filhos, que soube adaptar-se e fazer uso das mais modernas técnicas. Hoje, nesta região a notoriedade e o prestígio alcançados por este setor é uma vantagem comercial ao nível internacional.

Afirmar o seu posicionamento como principal cluster de cutelarias a nível nacional é o grande objetivo de oito empresas da região que, em maio de 2018, se juntaram para criar a marca “Cutelarias de Santa Catarina e Benedita”. No âmbito desta associação empresarial in­formal, as cutelarias estão a desenvolver e parcerias com entidades oficiais e centros de formação e de investigação com vista a partilhar dificuldades e promover objetivos e potencialidades. As freguesias de Santa Catarina e da Benedita formam o mais importante cluster da indústria de cutelaria do país e um dos cinco maiores da Europa.

 

Curiosidade: António Polycarpo (irmão de Joaquim Polycarpo), nascido em 1788 (na freguesia de Benedita, concelho de Alcobaça), foi o fundador de uma oficina de cutelaria em Lisboa entre 1822/1825 (1822 é o ano mencionado em várias referências sem prova documental e 1825 segundo a sua biografia, datada de 1856). Anos antes iniciou-se como aprendiz de cutileiro, recebendo instrução da parte de um mestre francês (Charniére); mestre que possuía na Rua Formosa uma oficina de cutelaria onde deu formação a muitos outros jovens que mais tarde se iniciaram na arte por conta própria, tal como aconteceu com Polycarpo.