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Mosteiro de Santa Maria de Coz

A 10 km de Alcobaça situa-se Coz, uma das antigas povoações dos Coutos de Alcobaça, rodeada de férteis campos agrícolas e de antigas florestas. Aqui ganhou forma, no século XIII uma comunidade de religiosas cisterciense. Mulheres devotas que se auxiliavam nas múltiplas tarefas necessárias ao bom funcionamento deste Mosteiro. Por ali ficariam, até a extinção das ordens religiosas, na primeira metade do século XIX (1834).

No século XVI, o Mosteiro de Santa Maria de Coz tornou-se num dos mais ricos mosteiros femininos desta ordem, em Portugal. Com o seu esplendor artístico barroco, a igreja testemunha a riqueza dessa comunidade.

A igreja apresenta uma arquitetura exterior bastante austera, com linhas muito sóbrias. Do lado sul, destacam-se as estátuas de São Bento e de São Bernardo.

No seu interior Igreja e coro formam um só corpo, com um comprimento de 60 metros por 21 de largura. O teto é revestido por impressionantes caixotões de madeira pintados por Pedro Peixoto e datam do início do século XVIII.

As naves são divididas por uma grade de clausura de madeira lavrada e pintada a ouro. Do lado do coro, destaque para cadeiral das monjas, executado entre o final do século XVII e o início do XVIII que, no seu apogeu teve 106 cadeiras, hoje mantém apenas 92 lugares. Ao fundo, um belíssimo portal manuelino.

A igreja é, literalmente, um santuário ao barroco. Nela, evidenciam-se os vários altares de talha dourada de boa execução. É ainda de destacar o quadro “O Purgatório” de Josefa de Óbidos (1630-1684). Os revestimentos de azulejo da sacristia contêm cenas da vida de São Bernardo, o maior impulsionador da Ordem de Cister

Visitar Alcobaça implica também desfrutar deste magnífico tesouro arquitetónico, cuja igreja está classificada como Imóvel de Interesse Público desde 1946. Vale a pena descobrir um património enquadrado numa atmosfera imemorial que sobrevive no bucolismo da paisagem rural envolvente.