Ir para conteúdo

Por Aljubarrota com Brites de Almeida

É terra de povoamento antigo, esta que se estende entre a Serra de Candeeiros e o oceano Atlântico. Disso nos deu conta Manuel Vieira Natividade, arqueólogo alcobacense que, nos finais do século XIX, revelou um importante núcleo de ocupação neolítica e de períodos posteriores, no vale da Ribeira do Mogo, mesmo ao lado da vila de Aljubarrota.

Mas é outro o motivo que torna o nome desta terra tão conhecido e que faz com que ocupe um espaço histórico e lendário na formação e afirmação de Portugal como reino soberano. A batalha à qual deu nome teve lugar a 14 de Agosto de 1385, contra o exército de Castela, no extremo do “Planalto de Aljubarrota”, como alguns autores nos referem, num território que corresponde à atual localidade de São Jorge, no vizinho concelho de Porto de Mós.

Ficou a batalha com o nome da pequena vila de Aljubarrota, por ventura, pela proximidade e por se tratar de um planalto conhecido com esse nome.

A este importante momento histórico encontra-se associada a personagem lendária de Brites de Almeida, conhecida como Padeira de Aljubarrota, a quem é atribuído o feito de, com a pá do seu ofício, ter aniquilado um grupo de sete castelhanos famintos.

Esta vila foi uma das catorze dos Coutos da Abadia Cisterciense de Alcobaça, tendo recebido Carta de Foral em 1316, pelo Abade de Alcobaça D. Martinho I, renovada pelo rei D. Manuel I em 1514. Aljubarrota foi sede de concelho até à reorganização administrativa do período liberal, no século XIX.

Nos nossos dias, a pequena vila de Aljubarrota fervilha de memórias de tempos passados e a famosa padeira é o pretexto ideal para que todos se sintam convidados a descobri-la e a fruir os seus encantos. Com Brites de Almeida, descubra as vielas exíguas e o casario tingido de branco, banhado de sol filtrado por uma ténue bruma que tão bem caracteriza a luz estremenha.

Documentos

Por Aljubarrota com Brites de Almeida