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Pelourinho de Turquel

Pelourinho de Turquel

D. Afonso Henriques outorgou o termo de Turquel à Ordem de Cister, no século XII, e a povoação veio a constituir a determinada altura a mais importante das 14 vilas dos Coutos de Alcobaça, cujo donatário era o Abade do Mosteiro de Santa Maria. O seu primeiro foral foi dado por D. Frei Pedro Nunes, Abade de Alcobaça, em 1352.

Teve ainda foral novo dado por D. Manuel, em 1512, na sequência do qual se terá erguido o pelourinho que ainda hoje se conserva na povoação. O antigo conselho de Turquel foi extinto no século XIX, e é hoje freguesia de Alcobaça. Em data incerta, ainda que após a extinção do município, o pelourinho foi retirado da sua implantação pública e guardado no Museu do Carmo, de onde regressou em 1947, para ser recolocado, de acordo com as informações disponíveis, no local primitivo.

O pelourinho assenta em três amplos degraus circulares, de rebordo boleado, e de factura moderna. É constituído por base, coluna, capitel e remate, nem todos elementos originais. A base da coluna é circular, em cesto invertido, com decoração tardo-gótica de botões entre nervuras espiraladas. O fuste é cilíndrico, constituído por dois troços unidos por anel medial moldurado, sendo cada troço decorado com caneluras espiraladas à esquerda, entremeadas por séries de florões quadrifoliados. O conjunto é rematado por capitel de secção quadrangular, decorado com folhagens centradas nas arestas, e assente em estreito astrágalo circular.

É encimado por ábaco quadrangular em molduras crescentes, no qual assenta o remate. Este é composto por uma pirâmide quadrangular com decoração de cogulhos em três registos sobrepostos, coroada por um peça esferóide achatada. Numa das faces do remate destaca-se ainda uma figura humana relevada, vestida com um manto, que tem sido interpretada como Nossa Senhora da Conceição, padroeira da freguesia, ou ainda uma evoçação dos Abades de Alcobaça, senhores de Turquel.