Época dos Metais em Alcobaça: Calcolítico, Idade do Bronze e Idade do Ferro

Entre 3000 a.C. e a chegada dos romanos, os habitantes da região de Alcobaça estiveram em contacto com povos mais evoluídos do centro da Europa e do Mediterrâneo. Estes povos transmitiram conhecimentos sobre metalúrgia.
O terceiro milénio a.C. corresponde ao Calcolítico, assim chamado por então se trabalhar o cobre. No segundo milénio a.C. o homem aprendeu a fabricar um metal mais resistente, o bronze. Este era feito a partir da mistura do cobre com o estanho. Por isso se chama a esse período Idade do Bronze.
Já no início do primeiro milénio a.C., Fenícios e Cartagineses introduziram conhecimentos sobre a fundição do ferro, um metal muito mais resistente que os anteriores. Estamos, então, na Idade do Ferro. Na região de Alcobaça, existem algumas grutas onde apareceram vestígios do Calcolítico, em Turquel, no Algar do Estreito, no Vale da Ribeira do Mogo, na Ribeira do Pereiro, perto de Alpedriz, e também sem ser gruta, como aconteceu em Parreitas, no Bárrio.
Na época dos metais, as comunidades viviam em povoados fortificados, situados em sítios altos, apar melhor vigiar as terras circundantes e para ser mais fácil a defesa em relação a possíveis inimigos. Esses povoados eram comandados por chefes tribais. Povoados que poderão remontar a essa época são o Cabeço do Castelo, no Vimeiro, e o Lombo do Ferreiro, em Turquel. Destes, nada é, porém, visitável, porque os vestígios estão encerrados, à espera que os arqueólogos os revelem.
Metalurgia: conhecimento da extração e transformação de metais.
Fonte: NATIVIDADE, M. Vieira – Grutas de Alcobaça. “Portugália”, Porto, tomo 1, fasc. 3, 1901 (disponível na Biblioteca Municipal de Alcobaça)
Alcobaça – Roteiro Cultural da Região de Alcobaça. A Oeste da Serra dos Candeeiros, Alcobaça, Câmara Municipal, 2001 (disponível na Biblioteca Municipal de Alcobaça)
Curiosidade/Desafio: No Museu Joaquim Manso, na Nazaré, existem duas fíbulas encontradas em Parreitas, no Bárrio. As fíbulas são um tipo de mola ou gancho que permitia segurar as roupas e funcionavam um pouco como as fivelas. As fíbulas de Parreitas são do I milénio a.C. numa delas, pode-se encontrar uma cruz gamada ou suástica, que a maior parte das pessoas conhece por ser o símbolo é muito mais antigo. Ao longo de milhares de anos, foi usado com um significado sagrado e mágico por povos da Ásia e do Mediterrâneo. Alguns associam-no ao Sol. Hitler apenas aproveitou um símbolo sagrado e transformou-o num símbolo de ódio e violência. A fíbula de Parreitas prova a enorme antiguidade da suástica.